Milagre

"Olhar a orquídea é ter tempo para a vida, e reconhecer nela o milagre que nos permite caminhar todos os dias", Quaresma..

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Arthur, o senador do brasileiro

Não quero aqui, nesse novo post, declarar amores a pessoas, instituições, bandeiras partidárias ou das lutas tantas da sociedade brasileira. Pretendo apenas dizer que um Estado não existe sem oposição. Um país dotado de uma carta magna que prega a liberdade depois dos horrores que viveu no regime militar, não passa de uma mera ficção se não tem alguém que o questione. Passa a ser um Estado burro, é antidemocrático e fere os direitos humanos.
       Se não temos alguém com o olhar questionador sobre as ações de quem está no comando do orçamento da nação, o País não encontra um ponto de equilíbrio. Por isso, ele pode percorrer sua estrada desequilibrado para um lado, até tombar em berço esplendido, sem conseguir se levantar para continuar caminhando com o seu povo, rumo à construção de uma sociedade mais igualitária, e livre de pensamento.
       É bem verdade que o governo Lula conseguiu dá ao Brasil, nos quase oito anos, um ar de nação em constante desenvolvimento. Sinto uma nação menos desigual com essa gestão, apesar de tantas acusações de envolvimento com o esquema do “mensalão”, dos “aloprados”, tráfico de influência, desmoralização da Receita Federal com a quebra de sigilos fiscais, além de inúmeras tentativas de dossiês.
       Numa visão mais romântica, pelas conquistas desse governo no campo da economia, do social e da infra-estrutura não teria dúvida de que Lula mereceria continuar com o timão dessa nau tupiniquim. No entanto, com visão mais consciente, vejo a sucessão como necessária, seja ela com alguém indicado por ele, ou por alguém de outro partido que conquistar a confiança do povo.
       Mas, não vim aqui nessas linhas para falar bem ou mal do Lula, ou da sua candidata à presidência da República Dilma Rousseff. Vim para discorrer sobre alguém que fez o contraponto necessário sobre esse governo, e evitou possíveis exageros e escorregões do atual comandante do Brasil, na aplicação de seus programas.
       O senador Arthur Neto se mostrou o mais combativo dos parlamentares daquela casa legislativa. Talvez o que mais fez o governo repensar sobre sua caminhada rumo a um certo mundo de totalitarismo e aparelhamento do Estado brasileiro, e por isso, ele se tornou um dos principais alvos do PT no processo eleitoral desse emblemático 2010.
       Pelo discurso seguro, às vezes com algum desequilíbrio (porque ninguém é de ferro), fez o Lula causar tamanho CONSTRANGIMENTO ao PT do Amazonas, ao se propor a gravar programa eleitoral para pedir votos a favor da comunista Vanessa Grazziotin, em detrimento da sua amiga Marilene Corrêa, também candidata ao Senado. Tudo para ver ao chão aquele que elegeu como seu principal adversário político.
       Durante sua vida no Senado, Arthur Neto conquistou, não comprou liderança no Congresso Nacional, e com ela mostrou que o Estado do Amazonas tem sim homens e mulheres competentes. E ao fazer uso dessa liderança, mostrou a importância da Zona Franca de Manaus para a região, dando assim, os primeiros passos para as consecutivas prorrogações assinadas por Lula.
       Como disse no princípio, um Estado sem oposição é burro e antidemocrático. E penso hoje que, se assim o povo entender, ao perder um representante combativo como o senador Arthur, corre-se o risco de assistir o Senado se tornar um curral de ovelhinhas da presidência. E que Deus nos livre, servirá apenas para abrir caminho aos radicais que sonham com uma nação totalitária, como hoje é a Venezuela de Hugo Chaves.


Emerson Quaresma

2 comentários:

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  2. Muito bom seu artigo companheiro. O senador Artur é um exemplode homem público. Lula tá morrendo de medo dele. Com certeza não vai refrescar com a Dilma.

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