Milagre

"Olhar a orquídea é ter tempo para a vida, e reconhecer nela o milagre que nos permite caminhar todos os dias", Quaresma..

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A Bica amarelou

Quero aqui compartilhar uma letra que escrevi em decorrência da que a Banda da Bica fez nesse ano. Na minha humilde opinião, a tradição foi deixada de lado.

Segue a letra

Biqueiro, biqueiro...
Presta atenção no que eu falo este ano
A tua banda amarelou
Ou recebeu aquele cheiro?
Esqueceu Manaus
E foi pra lá pro estrangeiro

Com tanto peia por aqui
Pra dar em doido
Abestado e careta
A Bica se vestiu de canalha
E foi mexer com a Greta
Aquela que o Bozo chamou de Pirralha.

Biqueiro, biqueiro...
Presta atenção no que eu falo este ano
A tua banda amarelou
Ou recebeu aquele cheiro
Esqueceu Manaus
E foi pra lá no estrangeiro

A Bica amarrou as mãos do artista
Perdoou milicianos e fascistas
Esqueceu das trapalhadas do Tutu
Livrou o forrozeiro paraquedista
Faltou bem pouco, Sussu
Pra se vestir de nazista

Biqueiro, biqueiro...
Presta atenção no que eu falo este ano
A tua banda amarelou
Ou recebeu aquele cheiro
Esqueceu Manaus
E foi pra lá no estrangeiro

Perdeu a essência essa banda sem vergonha
Se calou, não falou, se amarrou
E nem defendeu a Amazônia
Deixou de lado velha a boemia e a esperança
Não sabe mais quem é
E foi mexer com uma criança

sábado, 18 de janeiro de 2014

NÓS, e o FALSO LEGADO da COPA

MONOTRILHO - Projeto prevê mudanças graves no Centro Histórico de Manaus  
      Depois de ler matéria no site Amazonas Atual (http://migre.me/huqou) sobre o total de 14 obras que foram retiradas da matriz de responsabilidade da Copa fiquei me perguntando:

      Se as obras de MOBILIDADE URBANA, que foram deixadas de lado entre as responsabilidades, não prejudicarão a Copa, como diz o Governo Federal, isso quer dizer que aquela história de LEGADO DA COPA não passava de discurso falacioso?

      Descobri então que:

      Conseguimos a façanha de enganar a PODEROSA FIFA, de que era possível realizar um grande evento desses nessa gigante CASA DE FERREIRO COM ESPETO DE PAU. E mais grave ainda, o Governo que ai está conseguiu implantar um FALSO ORGULHO nos corações dos brasileiros.

      Digo isso porque, por aqui pelo menos, nós manauenses ficamos sem o BRT prometido e graças a Deus, sem aquela ideia MEGALOMANÍACA de MONOTRILHO.

      Não ganhamos calçadas para todos; na verdade não ganhamos nenhuma calçada com conceito novo de acessibilidade, apesar de belos projetos apresentados.

      O que se fez até hoje não passa de uma maquiagem mal acabada.

Ciclovias ainda dormem nos planos e nos papeis
       As ciclovias prometidas ainda não saíram do papel; apenas uma ciclofaixa no Passeio do Mindú, que por si só oferece risco de morte aos poucos ciclistas que por lá decidiram manter vivo o estilo de vida.

      E por aqui vou parando. Não vou me estender, porque se o fizesse começaria a falar de saneamento básico zero e tantas outras promessas que se vestiram do discurso do tal LEGADO DA COPA e que foram sendo esquecidos. Alguns nem se quer no papel foram desenhados.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Alfabetizar para libertar

Outro dia conheci um senhor chamado Chico. Mais de 60 no RG, mais de 80 nos olhos. Trabalhador, desde criança enfrentou a guerra diária por aquilo que era vital, que era necessário, o básico para manter-se nessa luta sua particular. Por suas mãos muitas ferramentas passaram e se acostumaram a elas.

Por vez, num relampejo da mente cansada, dizia para si que lhe falta algo. Mas deixou a vida passar, não correu atrás desse algo a mais que lhe faltava, até porque as cobranças da sua guerra lhe eram maiores. Como Chico, milhões de brasileiros da sua época sofreram com a ausência do “algo a mais” para certa liberdade: um lápis, um papel e algum professor para alfabetizar.

Desde menino (tenho hoje 30 anos) ouço falar dos desafios de fazer com que pessoas comuns, como o nosso personagem da vida real, decifrassem as letras das palavras que elas falavam. A Alfabetização no nosso País sempre foi dos assuntos mais importantes das discussões nacionais. Mas é claro, quase sempre quem as colocou na pauta dos governos foi a sociedade civil, que com esse tempo foi se organizando.

Hoje, poucos de nós sabemos que há uma data no calendário brasileiro para celebrar a alfabetização. E esse dia é hoje, 14 de novembro. Um dia como qualquer outro, pois não é feriado nacional. Contudo, poderia ser um dia como outro qualquer de muitos debates em busca de soluções plausíveis para a Educação dos brasileiros. Porém, a data se mantém como um dia como qualquer outro, sem o devido acirramento do debate que busque quebrar a praxe da política de bolsas assistencialistas.

Num Brasil onde se fala de bilhões para isso e bilhões para aquilo outro, um lugar onde se vende programas e mais programas de reis, o mais incrível é que, enquanto pensávamos que o combate ao analfabetismo vinha avançando por meio de projeto bem vendidos na propaganda governamental, nos deparamos com uma taxa crescente de brasileiros que não sabem ler nem escrever.

Dados de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 8,7%, ou seja, 13,2 milhões de brasileiros são analfabetos. Até 2011 essa taxa era de 8,6. Ganhamos com isso mais de 300 mil novos analfabetos nas estatísticas do nosso ‘brasilzão’.

Desde 1997 vivíamos uma tendência de queda quanto a esses dados negativos. E aqui fica a pergunta: com um orçamento anual cada vez maior, de uma força emergente que, de acordo com a propaganda, passou quase imune à última crise econômica, por que então conseguimos essa proeza de superar economicamente a Inglaterra, ao mesmo tempo em que coroamos milhares pessoas, da nossa força produtiva, como analfabetas?

Um País tão grande quanto as suas desigualdades tem endereço certo quando falamos de problemas sociais. O Nordeste é a região que concentra a maior população de analfabetos do País. Um número assustador de 7,1 milhões de brasileiros. Uma taxa que saiu negativa de 16,9% para 17,4%. O mais curioso é que, o IBGE aponta estagnação dessa taxa no Centro-Oeste, enquanto na região Norte se conseguiu a proeza de manter a redução, muito embora num ritmo decadente.

De setembro de 2008 a abril de 2013, o Programa Brasil Alfabetizado atendeu, em Manaus, o total de 21.679 cidadãos. No Amazonas, o PBA chegou a alfabetizar 84.158 amazonenses no mesmo período. Um trabalho bom, número significativo, mas não poderia parar por ai. Infelizmente estagnou. Hoje a média é de somente mil pessoas por ano, enquanto no começo dos trabalhos do programa foi possível atender mais de 10 mil por ano.


Seu Chico está entre aquelas pessoas que não foram alcançadas pelos projetos dos governos. Talvez nele ainda haja aquela ponta de esperança de conseguir lidar com as letras. Alfabetizar é incluir socialmente pessoas. O discurso tem que deixar de ser somente discurso. Os senhores dos orçamentos precisam dar dignidade àqueles que não tiveram a oportunidade devida lá atrás e garantir o acesso a todas as crianças que estão chegando.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Meu filho ontem, meu filho hoje

A noite do dia 29 de outubro, de 2007, não foi das mais fáceis para mim, bem como toda conquista valiosa não é. Há de ter sempre muitas pedras no caminho para que o sabor da vida seja aquele do manjar de Deus. Mas essa é outra história que levaria um post único, dado às situações desse dia e as reflexões que aproximaria intimamente um passado remoto ao presente, presente. O mais importante mesmo foi o dia seguinte.

Ao acordar no dia de hoje, 30 de outubro, ainda que com alguma congestão nasal, senti o aroma daquela outra manhã, de seis anos trás. Hoje ele já estava um rapaz do meu lado. Naquele dia, ele ainda se aquecia no ventre da sua protetora. Embora com muito sono, hoje ele abriu os olhos e sorriu pra mim. Naquele passado ele chutava a barriga da sua mãe. Já acordado, ele respondia que dia que era hoje, e insinuava com o polegar que era o seu dia. Naquela manhã de 2007, ele fazia o dia ser todo nosso. Nessa manhã de 2013, o fiz sentir que realmente o dia seria todo dele.

E ele veio – rebento anjo –, às 11h45, com seus 3 quilos e 305 gramas, distribuídos naqueles 49 centímetros. Trazia consigo todo o segredo da felicidade a ser distribuída por ele a conta gotas, como somente as crianças sabem dosar aos pais, tias, tio (um apenas no caso dele) e avós. E foi como eu disse mais cedo, me tornou um homem melhor.

Graças a Deus e o esforço que fiz no dia 29, no dia 30 eu pude assistir a todo o parto, até mesmo algum nervosismo do obstetra, e a tranquilidade quase fria da pediatra. Vi tudo com um rio de lágrimas nos olhos. Não era pra menos, se tratava do meu filho, o mais belo dos milagres que podemos assistir a olho nu.

Depois do primeiro choro paterno eu me tornei um vigilante. Por de trás de uma parede de vidro o acompanhei com o olhar atento para que outras mãos não o tomassem de mim e da mãe dele. Por horas fiz vigília, enquanto aquele corpo gelado como o ártico era aquecido, até que, enfim, fora levado aos braços daquela que o carregou por nove meses.

Seis anos depois me pego reescrevendo mais uma vez sobre ele, sobre esse momento, tentando achar algo de novo para contar. E por incrível que pareça percebo que isso é possível, afinal de contas, a vida tem disso, de ser sempre renovada.

E aqui, compartilho um poema que escrevi na tarde daquele dia abençoado..

Rebento anjo
(ao meu filho Igor Vinícius)
Manaus, 30 de outubro de 2007


Suas asas de anjo saíam lentamente
Do ventre forte da tua protetora.
Aprumavam firmes e celestiais
Rumo à vida nova, sob o meu pranto,
E o sorriso já tranquilo do obstetra.

E doce era o gosto paterno de vê-lo
Alçando o seu primeiro vôo, alvo,
Sobre os braços da pediatra.
Gelado como a neve do ártico,
Anjo, singelamente purificado.

Minhas lágrimas de menino pai
Jorravam frente a sua presença
Que me fazia tremer o corpo
E reascendia a nova esperança
Que em leve aroma doce vai.

Teu forte choro, subitamente,
Me enfeitava a alma de vida, atento
Pela tua vida jovem toda garantida
Aos olhos e ouvidos veementes.
Sim, és Igor Vinícius, o meu rebento.

Filho, tão esperado quanto o vento
Desde a tua primeira morada,
(O ventre forte da tua linda mãe).
E assim tocava a bela canção, de alento,
No início de uma tarde renovada.




quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"Tá vendo aquele 'Mercado' moço, eu ajudei a restaurar"

Foto: Paulo André. A dos banners: Ney Mendes. Arte: Glauco Francesco

Foi muito especial o dia em que eu, Ney Mendes e André Tobias produzimos as imagens dessa gente especial - os permissionários mais antigos do Mercadão (que apareceu na foto dessa postagem). O contato com esse pedaço incrível da história da nossa Cidade de Manaus foi muito bom para todos nós. Lições de vida a cada sorriso, a cada gesto, a cada palavra.
Aquela manhã do dia 18 de outubro foi marcante para mim e meus amigos. Com certeza é o tipo de coisa que o trabalho da gente nos proporciona. Emoção por participar de um momento histórico do nosso chão. Trecho esse que poderemos contar para filhos, netos e bisnetos se ainda nos sobre lucidez até lá, como sobrou para minha bisavó Maria, quando me conheceu, eu com meus dezoito anos. Contou das lendas reais de sua vida na sua terra. Da mesma forma gostaria de contar esse trecho da minha vida para próximas gerações, a começar do Igor Vinícius Maquiné Quaresma, meu filho.
Em resumo, o restauro do Mercadão é com toda a certeza, para os nossos tempos, o maior dos marcos da cidade. Quem do processo participou, direta ou indiretamente, só resta a satisfação e a glória de poder dizer como na canção "Cidadão", de Zé Geraldo, interpretada por outro Zé, o Ramalho: "Tá vendo aquele 'Mercado' moço, eu ajudei a restaurar".
Na verdade, creio que isso todo o manauara tem o direito de dizer, até mesmo os mais pessimistas, os mais cretinos, os meninos do rato também. Cada um do seu jeito, cada um no seu posto. Cada um do seu lado. E é claro, do lado de cá, dos que puseram a mão na massa o orgulho é bem maior.
Deixo aqui registrado os parabéns ao amigo Glauco Francesco por conduzir a arte final desses banners e a Priscilla Martiniano que nos ajudou a reunir os doze homenageados que aparecem na foto acima.

sábado, 19 de outubro de 2013

"O Mercadão não é o prédio, são as pessoas"


Recebemos a grata oportunidade de colaborar em parte da produção de inauguração do Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Especial mesmo pelo fato de ter que lidar com as pessoas que ajudaram a construir, não o prédio, mas a história desse lugar.
Pessoas como o seu Antônio de Matos, o seu Metal e a dona Eunice... Gente cujo tempo não pesa na hora de abrir aquele sorriso contagiante para a fotografia que ficará para a eternidade. Homens e mulheres que viveram muitos dias de espera, horas demais até mesmo sem esperança de voltar a pisar no chão de onde suas vidas criaram raízes.
Mas hoje a canção não é de lamento. Ela soa como canto de esperança renovada, há algumas horas deles voltarem a entrar no Mercadão para dar a esse lugar uma vida renovada, e desta forma presentear a nossa cidade com a continuação da história viva desse belo legado que é único, que é nosso, que é de Manaus.
Parabéns ao secretário do Centro, Rafael Assayag, por entender que o Mercadão não é só o prédio, ele são as pessoas. Obrigado Rafa pela oportunidade e parabéns a você e à equipe da SEMC Manaus. Como acompanhei mais de perto no início, posso afirmar aqui que vocês fizeram uma agenda diária na obra de restauro para que a construtora não pecasse com o cronograma. Marcaram de perto também os parceiros para que eles não se esquecessem de que esse monumento era prioridade para o nosso povo, para a preservação da nossa identidade.
Parabéns ao prefeito Artur Neto por cumprir com sua promessa de campanha. Sei que ele não fez mais que sua obrigação. Mas não serei eu que negarei aqui os seus méritos. Agora, como está virando moda digo: é esperar que as portas se abram para o povo entrar e ir curtir o mingau de banana, o tacacá e tudo de bom que um digno Mercado Municipal tem a oferecer a sua cidade.



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

UMA BREVE REANALISE ANTES DOS 30

        Quando cheguei aos 27, lembro que dentro de mim perturbava uma necessidade de me repensar, rever o que da vida já tinha feito, o que havia construído até aquele instante. Tudo era questão de segundos, milésimos. A vida era curta e não havia mais tempo a perder. No auge da crise existencial, o resumo do filme que passou pela vista mostrava com a síndrome da afobação que muitas coisas eu tinha deixado por fazer. “Porra, mas que merda eu fiz até aqui?”. Aos 28, uma breve reanalise sobre tudo com menor intensidade me deixou mais tranquilo. Aos 29, no meu retorno de saturno, o sentimento já era outro: mais maduro, coerente, sem a afobação típica de três anos trás; fruto de toda vivência brevemente enumerada e das reflexões particulares que me fizeram crer que tudo são matérias e horas complementares dessa formação do dia-a-dia que é a vida de cada um. Perto dos 30, ainda me sinto disponível para caminhar com ousadia, mas é claro, com mais prudência dado as responsabilidades que cercam hoje um pai, um marido, um filho, um profissional. O que me resta agora? Penso que não resta, acredito tudo não são reticências. Continuar a caminhada, mantendo o ritmo da juventude – correndo às vezes – é necessário.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A verdadeira revolução está nas nossas atitudes

       
Algumas verdades só mudam com o tempo e com a persistência daqueles poucos que acreditam na revolução. É uma observação que não custa ser dita nesse momento em que assistimos milhares de pessoas da classe média ir às ruas para levantar cartazes com uma diversidade numerosa de protestos, em muitos casos com aquele humor típico do brasileiro sem causa.

    Fora o vandalismo que tem partido das mãos de poucos – quase sempre com interesses políticos/partidários –, tudo é legítimo nas manifestações que tomam conta do nosso País. Mas, faz-se imprescindível que cada um dos novos revolucionários desse Brasil se mantenha alerta para que, o exercício de cidadania que praticamos nas ruas não caia na mediocridade do aluno que finge que aprende.

       Ao baixar os cartazes e embrulhar as bandeiras é necessário perceber que a maior vitória de uma revolução como essa é a individual, de efeito coletivo. Aquela que, ao entrar no carro passamos a olhar o mundo com outros olhos, respeitando o pedestre sobre a faixa, o vermelho do semáforo, a vaga do idoso; mas se voltar para casa a pé, não jogar cartazes no chão porque faltam lixeiras públicas, nem negar a mão a quem precisa.

       Se faltar essa essência no pós-manifestação de nada valerá ter acordado o gigante, se não apenas ter causado mudanças no quadro político/partidário do País, cujos quadros serão os mesmo por mais algumas décadas, em algum nível de alternância.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O auxílio paletó e o fim do mundo

Foto de Sandro Pereira, extraída do jornal Diário do Amazonas (05.12.12)

Comecei a pensar que a previsão dos Maias deve ser verdadeira mesmo: ou fim dos tempos de certo está próximo (dia 21 de dezembro de 2012), ou mudanças fenomenais ocorrerão de fato, como bem contou o filme 2012 (direção de Roland Emmerich). A ideia vem na cabeça depois de vê na manhã de quarta-feira (desse bem provável último dezembro) a cara de um dos vereadores de Manaus, a capa de um dos maiores jornais da cidade – Diário do Amazonas –, revelando a sua sinceridade, recheada de coisas de um lado obscuro que ganhava luz. Falo do vereador Dr. Gomes.
Está na capa do jornal a imagem do parlamentar, que é médico de carreira, e sobre sua foto a revelação da sua sinceridade ao comentar o Projeto de Lei que quer por fim ao benéfico dado aos legisladores, batizado de Auxílio Paletó. Para o vereador, a ideia de acabar com o Auxílio Paletó é fruto de "uma onda de moralidade desnecessária". Ele pediu vistas a PL que pede o fim do benefício.
Cá com meus pensamentos, e do pouco que já aprendi nesses 29 anos de vida, digo que o Auxílio Paletó é na verdade um 15º ou até mesmo um 16º lindo para os vereadores da nossa barelândia. O primeiro porque o vereador tem o seu 13º como recebe um trabalhador comum, mas nas mexidas da Mesa Diretora, com as sessões extras, o inocente consegue algo equivalente a um 14º salário, no mesmo ano, e no próximo vem o tal Auxílio Paletó. Um valor equivalente ao salário do parlamentar que hoje é de R$ 9,2. Enquanto isso, o trabalhador reza pra cair um bonitinho 13º, subtraído com os descontos obrigatórios, que aquele mísero salário mínimo de R$ 622.
Penso que o Auxílio Paletó é um crime contra a sociedade, uma gozação com a cara do contribuinte, do eleitor, do cidadão. Logo, o vereador que defende isso é um criminoso, um brincante desrespeitoso que não merece ocupar uma cadeira no Parlamento.
O mais incrível é que o Auxílio Paletó parece não incomodar a mais ninguém do povo. Talvez o vereador Dr. Gomes esteja certo no que disse. O povo silenciou e por isso o Auxílio Paletó vai se eternizar. Até porque, sinceramente, os nossos vereadores merecem esse agrado... né!. Né não!!!. Auxílio Paletó é para quem é fdp. Se bem que elas não merecem que eles sejam chamados como filhos delas.
Peço ao @OCriador uma luz sobre o que fazer com vereadores que brigam pela manutenção desse benefício em Manaus e em qualquer parte do País. Ele não responde aos meus tweets. O jeito é seguir a premissa de que, se não pode com eles, se junte a eles.
Então vamos lá.
Vereadores de Manaus.. aprovem o Projeto de Lei que cria o Auxílio Paletó para os moradores da Comunidade Artur Bernardes, um povo que foi penalizado pelas chamas que consumiram suas palafitas.
Vereadores de Manaus criem o Auxílio Paletó para quem ficar calado, pois muitos estão calados mesmo. O marketing público de que há no País uma estabilidade econômica está dando certo.
Vereadores de Manaus.. façam uma extra e instituam o Auxílio Paletó para os sindicatos, as associações e as ONGs que vocês criaram e que vocês são seus padrinhos.
Vereadores de Manaus, por favor, criem o Auxílio Paletó para todos os blogueiros da barelândia. Eles com certeza ficarão muito contentes, pois nós precisamos de paletó para enfrentar o frio dos nossos departamentos.
Vereadores de Manaus, os jornalistas também querem Auxílio Paletó. Não sei exatamente para que. Talvez para figurar certo charme.
Peço também o Auxílio Paletó para os artistas dos palcos, das praças e das ruas, porque os palhaços do Poder já tem, né!
Uma coisa é certa, o Auxílio Paletó não será extinto, porque há inconstitucionalidade do texto, em algum lugar. E isso será uma vitória do vereador Dr. Gomes, para quem a "moralidade é desnecessária", bem como a Tribuna para qual ele foi eleito para usar e não usa para defender os miseráveis que o elegeram.
E enquanto nos calamos, o vereador dr. Gomes vai planejando como gastar o seu Auxílio Paletó de 2013. Se o mundo não acabar no dia 21/12/2012, como calcularam os Maias, o Dr. Gomes talvez vá curtir o seu Auxílio Paletó com as primas, mesmo porque para comprar paletó é que esse benefício não serve mesmo. Isso eles ganham de presente das suas mulheres, dos seus maridos, dos seus amigos.
Agora, quem quer um Auxílio Paletó de R$ 9,2 aí? Peça para um dos vereadores de Manaus que você elegeu, principalmente do dr. Gomes que defende isso com a sua sinceridade imoral.
Na terra das bolsas e dos benefícios, o que é um Auxílio Paletó para um vereadorzinho de merda nas contas públicas?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ao som da Frauta de Barro

Ao poeta ranzinza (para o mundo dos outros) que, aos 84 anos de vida, deixou o seu legado à minha geração e dos futuros poetas amazonenses, e porque não dizer brasileiros. Luis Bacellar partiu, mas deixou a sua POESIA. E aqui ofereço alguns versos ao seu Sol de Feira e à sua Frauta de Barro.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

O meu retorno de saturno

A ONZE DIAS DO MEU RETORNO DE SATURNO, já sinto a serenidade da nova fase da minha vida. Um amadurecimento mais consciente dos passos que dou diariamente sobre a realidade que vivo.
      Desde a adolescência correndo demais contra o tempo chegou o período de respirar com mais tranquilidade, mas é claro, sem fugir da batalha que continuará sendo trava com olhar mais clínico, sempre na busca pela precisão cirúrgica.
      Aos que ainda por aqui não passaram o recado é para que vivam intensamente seus dias na perseguição descontrolada, às vezes, pelo sonho que se sonha só e também pelo que se sonha junto.
      Sem essa de medo das responsabilidades, até porque após essa fase elas serão rocha. Sem a convivência com elas, tudo é demais monótono. Com elas, o sabor dos resultados positivos, e porque não falar dos negativos também, é mais suculento, inspirador.
      Quando alcançar esse retorno passará por caminhos já percorridos e neles poderá tomar decisões mais inteligentes. Cuidado apenas com as inconsequentes, uma vez que suas consequências serão mais duras.
      Os adultos que você via como adultos (porque há muitos deles que não conseguiram entender isso de amadurecimento até hoje) o reconhecerão e o respeitarão como um deles, como na música de Chico da Silva: “Ser chamado de senhor por um senhor... é sonhado (Sonhos de menino)”. E então verás que superou sua adolescência.
      Mas, digo também que o melhor dessa nova fase é mais que vivê-la, é não esquecer de que no peito carregamos um coração de menino sem medo, com medo talvez, sobretudo com vigilância.
      Certo é que o que digo agora neste post é tudo fruto de um sentimento mais adulto, de quem olha um pouco para o passado. E nessas lembranças percebe o quanto caminhou, o quanto errou, o quanto acertou e o quanto tem ainda a aprender com a vida.
      Nessa minha espera particular por esse retorno de saturno, que chegará num setembro de muito sol, tenho muito a agradecer aos amigos de infância, da rua e do círculo escolar; à família que me criou e a que tenho hoje para criar; e as pessoas que passaram por essa roda viva cujas lembranças são mínimas, mas existem, uma vez que deixaram seus traços nas páginas pelas quais escrevo a minha história. A sensação é de serenidade.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

"Repórteres de Guerra"

 
Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1994 e publicada pelo The New York Times, a foto foi tirada em 1993 no Sudão, pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter(1960-1994
 
 
Aos Jornalistas/Repórteres

         Quem não assistiu ao filme "Repórteres de Guerra" precisa assitir. Saberá que o medo nos leva a seguir em frente com a pauta. Muito bom, né. Melhor ainda é que nos ensina que não somos deus. E que por trás de todo espectro de heroísmo que nos rodeia, há um vázio enorme dentro de quem se deixa vestir por essa falsa armadura de herói, e esquece que somos pessoas, igualmente aquelas que levamos em texto/imagem/som para as páginas e telas dos nossos patrões.
        "Repórteres de Guerra" conta a história história real de um grupo de jovens repórteres de guerra - Greg Marinovich, João Silva, Kevin Carter (http://farias.wordpress.com/2007/03/18/foto-de-kevin-carter-em-1993/) e Ken Oosterbroek – unidos pela amizade e pelo senso com o propósito de contar a verdade. Eles arriscam as suas vidas para contar ao mundo toda a violência e brutalidade nas primeiras eleições livres na África do Sul, após o fim do regime de Apartheid South Africa. Este período intenso da política mundial tornou-se o maior de seus trabalhos (dois deles receberam o Pulitzer), mas o preço que eles pagaram foi muito alto.
        Entre os amigos, o nome mais conhecido da história é Kevin Carter, autor da foto que ilustra esse post. Saiba mais sobre ele acessando http://farias.wordpress.com/2007/03/18/foto-de-kevin-carter-em-1993/.
 
Assista e Reflita..
 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um pequeno feudo separatista: a Manaus do Centro e a Manaus da Periferia



Infelizmente começo a descobrir com essa minha ingenuidade que vivo num pequeno feudo a beira de uma crise social. Um lugar onde muitos dos seus habitantes mais inteligentes, mais espertos e mais bem de vida pregam de forma veemente (ou sem noção) um separatismo baré preconceituoso. Lamento por todos vocês que pensam dessa forma.
       Quando alguém fala "Poxa, eu ia... Ia" para o Festival Até o  Tucupi, agradeço pela sua desistência. Não sentirei falta de você mesmo. Aliás, nem a grande massa de várias tribos que irá prestigiar o festival sentirá falta.
       Quando a outra questiona sobre o transporte, e que somente "o pessoal do Jorge Teixeira terá acesso", digo: sinto muito pela sua hipocrisia. E se fosse no Centro? O pessoal do JT poderia também dizer que “só o pessoal do Centro teria acesso?”.
       Não vejo nenhum playboy e nenhuma burguesinha reclamar de um luau lá pelas bandas do Tarumã, no meio do mato. Mas, a senhora deve ser uma daquelas que abre a boca para criticar o poder público por conta da falta de políticas públicas para quem não tem acesso a elas. E se não é, sinto muito por você. É baixa mesmo.
       E sinto mais porque sua palavra não vai mudar em nada o que de bom está sendo feito por esses jovens articulados do Coletivo Difusão. Penso até que você passa bem longe de uma turma boa da classe média e média alta que não tem esse pensamento pequeno, uma vez que se sente bem em difundir a cultura, e por isso acharam massa o fato de o Até o Tucupi ir um pouco mais longe do seu nascedouro.
       E a você Thi Armstrong, só Jesus na tua vida rapaz. Se não prezas por onde vives é por que não fazes por onde o seu lar ser melhor. Quanto o seu pedido de desculpas, falo peço licença a organização do festival e te perdoo.. A todos vocês, perdão pelo meu português..

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aos amigos poetas um pouco mais de vida e poesia

Hoje, no Dia Nacional do POETA.. ofereceço nesta manhã aos amigos algum poema meu, por um tempo mais agradável, sem os destemperos do coração...



Lição de vida

A vida corre uma estrada
Com fins determinados
Pelas áureas leis celestiais


Fazeis por onde companheiro
Que a sua parada não se adiante
Nas grandes cidades dos anjos


A dos cantadores do aleluia
Rumo ao paraíso prometido,
Nem na vila dos anjos das pragas.


Viveis esta vida de esperanças,
Compreenda a tua livre beleza
E beba da pura água da justiça


Temas as tormentas das chuvas
Mas sintas o Deus milagroso
Que nela está abundantemente


Abra teus braços de infância pura
Abrace a ventania durante a andança
E apanhe o sol por detrás das nuvens


Ande descalço na terra fria da manhã,
Deita-te na grama orvalhada
E absorva a energia do mundo


Quando vires teu amor passar
Aproxima-te dele docemente
E compartilhe teu sentimento


Mais tarde verás novas vidas
Que tu deixarás viver e crescer
E sentirás um novo gosto de pelejar


Acordas sorrindo para o amanhecer
E caminha e caminha até o crepúsculo.
Na noite, ao deitar, agradeça pela vida.


E assim companheiro das letras,
Construindo cada dia de luta,
Saberás o quão é preciosa essa vida.


Noutros tempos, numa outra estação,
Encontrarás teu portal de flores,
A coroação pelo teu merecido viver.


Nada poderás ser tão grande
Que comprometa tuas metas
De bem querer a teu jardim


Pois será dele então majestoso
Que colheras tuas belas rosas
E brincará com os girassóis.


Verás, entretanto, caro amigo
Que esse caminho de flores
Há espinhos para a tua experiência.


(Emerson Quaresma)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A nós jornalistas, diariamente agredidos, mas que não desistimos da profissão

Bom Dia aos amigos JORNALISTAS que sofrem diariamente com os OSSOS DO OFICIO. Um profissional que tem que encarar o sol, a chuva, um mormaço medonho, sempre que solicitado pela pauta do chefe. Uma turma que tem que encarar os riscos das matérias nas invasões de terras, das mudanças do clima, os das rondas policiais, e aquelas pautas do enfrentamento com políticos donos das verdades (deles), ignorantes, arrogantes, pedantes e mal educados.
       Falo isso depois de ler a matéria do colega de profissão Antônio Paulo (da sucursal de A Crítica em Brasília) sobre o relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), de 2010, sobre a VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS. As agressões físicas e verbais encabeçam o ranking brasileiro. No Amazonas não há, segundo o relatório, registro de nenhuma agressão sofrida pelos profissionais da imprensa amazonense. O que não quer dizer que não tenha ocorrido.
       Me entristece muito saber desse resultado, e que pouco é feito para evitar os danos físicos e psicológicos a nós jornalistas. Volto ao ano 2006, quando estava no front de batalha (a analogia de guerra é usada, até porque havia uma guerra fria entre a instituição pública maior do Estado, contra a iniciativa privada). Lembro que eu, ainda ganhando experiência na carreira, fui várias vezes agredido por políticos que estavam nos seus cargos de 'deuses', e que hoje estão resumidos a arcanjos, quase anjos rebelados.
       Por várias vezes fui questionado, depois de algumas perguntas minhas, sobre de onde eu era, para quem trabalhava. E ainda assistia o meu crachá subir até próximo aos olhos do agressor, levado pelos suas próprias mãos, nada amigas. Fato que depois se repetiu com os colegas Leandro Prazeres e Yusseff Abrahim. Nada como na época do regime militar. Mas, próximo, muito próximo dele aquele tipo de atitude invasiva.
       Outros tantos fatos de agressões a jornalistas no exercício da profissão não devem cair no esquecimento, como o que foi lembrado pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, César Wanderley, na mesma matéria de A Crítica, de hoje, quando a colega Vanessa Brito sofreu tentativa de intimidação do ex-presidente do extinto Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). Outro que não esqueço, foi o ocorrido com a repórter fotográfica Maíra Coelho, que levou um chute de um empresário da aviação local, quando esse era conduzido algemado pela Polícia Federal por corrupção.
       Essas foram apenas algumas situações que ganharam um tanto de holofote entre nós, colegas de profissão, fora as que ocorrem diariamente, mas ficam guardadas na vida de grandes jornalistas como Joana Queiroz, nas suas rondas policiais e nos grandes casos já reportados por ela e por outros jornalistas desse tipo de caderno. Outra situação, que não podemos deixar de lembrar é com relação aos colegas repórteres fotográficos, que no exercício da profissão quase perdem seus equipamentos, tem suas lentes manchadas pelo bafo dos inescrupulosos, ou são intimidados (principalmente por agentes da segurança pública, fortemente armados) a apagarem alguns flagrantes de interesse social dos seus cartões de memórias.
       O papel de jornal desgasta, se desfaz; as imagens filmadas e as fotografadas um dia perdem a qualidade; os textos são arquivados e assim como as imagens são sucumbidas por outras tantas que são produzidas diariamente por nós. Mas, como jornalista, que quis exercer a profissão já adolescente (depois de desistir do sonho da carreira militar), penso que o que não podemos deixar desgastar é o nosso papel perante a sociedade. Aquele que sonhamos ao entrar na faculdade e esquecemos quando começam as aulas maçantes de sociologia, filosofia, ética, estatística; e mais ainda quando conhecemos o mercado por dentro: o de buscar a verdade (nem sempre absoluta) e difundir a melhor informação.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Uma fala ao companheiro Twitter...


Tanto tempo longe de você. Quero ao menos lhe falar. A distância não vai impedir. Minha Time Line de lhe encontrar. É com esse trecho da música de Roberto Carlos que abro esse texto para conversar com o twitter.
       Já não és mais quem conheci noutros tempos mais jovem, e livre para as tuas UTOPIAS tantas...
      Tens perdido a força que derrubava as muralhas das ditaduras.. Estás com a cara nova. Contudo, mais cansada..
     Tens perdido muito com o muito que reúnes. Teu poder de de sedução já não é mais o mesmo de outrora..
      Paradoxo deve ser teu sobrenome neste teu momento de descrédito íntimo entre os teus followers e following.
       É, companheiro twitter, apesar de sentir falta de tua operacionalidade na minha vida, não me vejo preso a você..
       Digo a você companheiro twitter que voltarei sempre q puder, mas sem as amarras que me prendiam no começo dessa relação..
     E diga aos outros companheiros que não falo da boca pra fora. Mas que também não significa desrespeito. É só um diálogo maduro entre nós..

terça-feira, 12 de julho de 2011

Encontro com a Palavra

Tenório Telles lança o livro 'Viver'


A Editora Valer e a Livraria Saraiva MegaStore realizam no próximo dia 13 de julho mais um Encontro com a Palavra. Na ocasião será lançado o livro Viver, do escritor Tenório Telles, que conversará com o público presente sobre o conteúdo de seu livro. O evento acontecerá às 19h na Livraria Saraiva MegaStore do Manauara Shopping, situada na Av. Mário Ypiranga Monteiro (antiga Recife), 1300 – Adrianópolis.
Escrever, como muitos pensam, não é fácil. Mais difícil, porém, é escrever e passar sua mensagem com humildade, graça, leveza, equilíbrio, espírito e coração. As palavras estão todas em geral em estado de dicionário, como um dia compôs o grande Carlos Drummond de Andrade, bastando talento para organizá-las de modo que as deixem harmonicamente vivas e penetrantes. Desses pouquíssimos e verdadeiros talentos, insere-se o escritor e educador Tenório Telles, sinônimo de amor às palavras e aos livros, homem de letras e conhecedor dos caminhos para o bem viver. Sábio, ensina-nos: “[Viver] É crer que o mundo tem jeito – e fazer-se um operário da mudança e da construção de uma sociedade onde cada ser humano será considerado e respeitado não pelo poder ou pelo dinheiro, mas pelo exemplo e pela grandeza do seu coração”.
Viver, o mais recente fruto de Tenório Telles é um livro especial. Trata-se de coletânea de escritos desse verdadeiro poeta do verbo precioso e límpido. São crônicas plenas de humanidade e esperança de um mundo mais justo. Humanista por natureza, Tenório tece frases como: “Foste abandonado [cachorrinho], a exemplo do que ocorre com tantos outros bichos e seres humanos. Vivias na condição de tantas crianças que habitam as ruas deste país”. Espirituoso, esse escritor compartilha sua sabedoria e sensibilidade com os leitores, produz textos, levando a induções acerca de sua visão do mundo e dos homens, seus pontos de vista claros e decentes, suas críticas ferrenhas e sensatas ao que ocorre em sua cidade, seu Estado e seu país.

Sobre o autor

Tenório Telles é licenciado em Letras com habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas, onde também bacharelou-se em Direito. Seu livro de estreia e de produção independente, Primeiros fragmentos, de 1988. É como pesquisador incansável e crítico literário que, ao longo dos anos, produziu trabalhos sobre literatura brasileira e regional. Em 1995, publicou Estudos de literatura brasileira e amazonense (crítica literária) e, no ano de 1996, o livro de ensaios Leituras Críticas. Todo esse aprofundamento na literatura contribuiu para a realização de seu mais antigo projeto: o CD-ROM Amazonas em sua literatura, lançado em 1996, no qual faz um importante estudo sobre os poetas e prosadores do Amazonas. Publicou também em parceria com Marcos Frederico as obras Poesia e Poetas do Amazonas e Antologia do Conto do Amazonas. É atualmente vice-presidente da Academia Amazonense de Letras. Descobridor de inúmeros talentos literários, Tenório lançou centenas de novos autores, fora os já conhecidos e consagrados deste planeta líquido e verde. Intelectual notável, que se afirmou unicamente por seus méritos excepcionais e não por bajulação que se obtém sem dificuldade – ou por dinheiro.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

SEXTA FILOSÓFICA

“Ciclo de Palestras: Filosofia e Mitologia”

A ACNA-Manaus (Associação Cultural Nova Acrópole de Manaus) realiza em parceria com a Livraria Valer o projeto SEXTA FILOSÓFICA, com o ciclo de palestras: Filosofia e Mitologia, composto de três conferências ministradas pela professora Kelly Aguiar, sempre às 19h, no Espaço Cultural da Livraria Valer (Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro). A participação é gratuita e aberta ao público em geral.

A SEXTA FILOSÓFICA consiste em uma palestra expositiva de uma hora de duração, seguida de 30 minutos para discussão. As palestras aproximam o público de ideias atemporais, que em muito contribuem para o desenvolvimento pessoal.

  Palestras do ciclo Filosofia e Mitologia:

·         “Os doze trabalhos de Hércules e o Mito do Heroi” (01/07)
·         “O Rei Arthur e o Mito da Eterna Procura” (05/08)
·         “O Anel dos Nibelungos e o Mito do Poder” (02/09)

O encontro da Mitologia que encerra realidades profundas e de valor para o ser humano e da filosofia, a qual nos permite ver o que há por trás das coisas – um enfoque perfeito para extrair dos mitos tudo que podem nos ensinar – é a proposta deste ciclo. A mitologia sempre fez parte dos estudos dos filósofos de todos os tempos, é o exercício por excelência para o desenvolvimento da inteligência, uma vez que os mitos falam ao discernimento (inteligere) e não à razão.
Em julho, Os doze trabalhos de Hércules e o Mito do Heroi  mostra o valor formativo das provas, oportunidades de aprendizado que na história se apresentam por 12 provas a serem vencidas pelo heroi. Em agosto, “O Rei Arthur e o Mito da Eterna Procura” conta-nos sobre um grupo de cavaleiros que devolvem a paz a um reino quando encontram o graal, um cálice sagrado - a história fala do homem que encontra a si mesmo e traz conhecimentos  valorosos sobre como podemos fazer esta mesma façanha. Por fim, “O Anel dos Nibelungos e o Mito do Poder” aborda a história do heroi Sigfrid, o qual tinha a missão de guardar um poderoso anel que tinha a propriedade de possuir aqueles que o possuiam - a história que inspirou O Senhor dos Aneis ensina sobre como ter as coisas sem ser tido por elas.
Palestrante: Kelly Aguiar diretora de Nova Acrópole em Manaus, ministra aulas de filosofia e cursos voltados para o desenvolvimento humano em várias capitais e em Nova Acrópole – uma organização internacional não lucrativa, que há 53 anos  promove uma cultura ativa, que desperta as capacidades do homem e promove  o resgate de valores atemporais, através da filosofia.
  A Nova Acrópole harmoniza princípios de união e colaboração para além de todas as diferenças culturais, sociais ou religiosas. Seus membros e simpatizantes participam ativamente na vida social, docente e profissional das distintas comunidades, por intermédio do voluntariado de seus integrantes.

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