Milagre

"Olhar a orquídea é ter tempo para a vida, e reconhecer nela o milagre que nos permite caminhar todos os dias", Quaresma..

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aos amigos poetas um pouco mais de vida e poesia

Hoje, no Dia Nacional do POETA.. ofereceço nesta manhã aos amigos algum poema meu, por um tempo mais agradável, sem os destemperos do coração...



Lição de vida

A vida corre uma estrada
Com fins determinados
Pelas áureas leis celestiais


Fazeis por onde companheiro
Que a sua parada não se adiante
Nas grandes cidades dos anjos


A dos cantadores do aleluia
Rumo ao paraíso prometido,
Nem na vila dos anjos das pragas.


Viveis esta vida de esperanças,
Compreenda a tua livre beleza
E beba da pura água da justiça


Temas as tormentas das chuvas
Mas sintas o Deus milagroso
Que nela está abundantemente


Abra teus braços de infância pura
Abrace a ventania durante a andança
E apanhe o sol por detrás das nuvens


Ande descalço na terra fria da manhã,
Deita-te na grama orvalhada
E absorva a energia do mundo


Quando vires teu amor passar
Aproxima-te dele docemente
E compartilhe teu sentimento


Mais tarde verás novas vidas
Que tu deixarás viver e crescer
E sentirás um novo gosto de pelejar


Acordas sorrindo para o amanhecer
E caminha e caminha até o crepúsculo.
Na noite, ao deitar, agradeça pela vida.


E assim companheiro das letras,
Construindo cada dia de luta,
Saberás o quão é preciosa essa vida.


Noutros tempos, numa outra estação,
Encontrarás teu portal de flores,
A coroação pelo teu merecido viver.


Nada poderás ser tão grande
Que comprometa tuas metas
De bem querer a teu jardim


Pois será dele então majestoso
Que colheras tuas belas rosas
E brincará com os girassóis.


Verás, entretanto, caro amigo
Que esse caminho de flores
Há espinhos para a tua experiência.


(Emerson Quaresma)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A nós jornalistas, diariamente agredidos, mas que não desistimos da profissão

Bom Dia aos amigos JORNALISTAS que sofrem diariamente com os OSSOS DO OFICIO. Um profissional que tem que encarar o sol, a chuva, um mormaço medonho, sempre que solicitado pela pauta do chefe. Uma turma que tem que encarar os riscos das matérias nas invasões de terras, das mudanças do clima, os das rondas policiais, e aquelas pautas do enfrentamento com políticos donos das verdades (deles), ignorantes, arrogantes, pedantes e mal educados.
       Falo isso depois de ler a matéria do colega de profissão Antônio Paulo (da sucursal de A Crítica em Brasília) sobre o relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), de 2010, sobre a VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS. As agressões físicas e verbais encabeçam o ranking brasileiro. No Amazonas não há, segundo o relatório, registro de nenhuma agressão sofrida pelos profissionais da imprensa amazonense. O que não quer dizer que não tenha ocorrido.
       Me entristece muito saber desse resultado, e que pouco é feito para evitar os danos físicos e psicológicos a nós jornalistas. Volto ao ano 2006, quando estava no front de batalha (a analogia de guerra é usada, até porque havia uma guerra fria entre a instituição pública maior do Estado, contra a iniciativa privada). Lembro que eu, ainda ganhando experiência na carreira, fui várias vezes agredido por políticos que estavam nos seus cargos de 'deuses', e que hoje estão resumidos a arcanjos, quase anjos rebelados.
       Por várias vezes fui questionado, depois de algumas perguntas minhas, sobre de onde eu era, para quem trabalhava. E ainda assistia o meu crachá subir até próximo aos olhos do agressor, levado pelos suas próprias mãos, nada amigas. Fato que depois se repetiu com os colegas Leandro Prazeres e Yusseff Abrahim. Nada como na época do regime militar. Mas, próximo, muito próximo dele aquele tipo de atitude invasiva.
       Outros tantos fatos de agressões a jornalistas no exercício da profissão não devem cair no esquecimento, como o que foi lembrado pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, César Wanderley, na mesma matéria de A Crítica, de hoje, quando a colega Vanessa Brito sofreu tentativa de intimidação do ex-presidente do extinto Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). Outro que não esqueço, foi o ocorrido com a repórter fotográfica Maíra Coelho, que levou um chute de um empresário da aviação local, quando esse era conduzido algemado pela Polícia Federal por corrupção.
       Essas foram apenas algumas situações que ganharam um tanto de holofote entre nós, colegas de profissão, fora as que ocorrem diariamente, mas ficam guardadas na vida de grandes jornalistas como Joana Queiroz, nas suas rondas policiais e nos grandes casos já reportados por ela e por outros jornalistas desse tipo de caderno. Outra situação, que não podemos deixar de lembrar é com relação aos colegas repórteres fotográficos, que no exercício da profissão quase perdem seus equipamentos, tem suas lentes manchadas pelo bafo dos inescrupulosos, ou são intimidados (principalmente por agentes da segurança pública, fortemente armados) a apagarem alguns flagrantes de interesse social dos seus cartões de memórias.
       O papel de jornal desgasta, se desfaz; as imagens filmadas e as fotografadas um dia perdem a qualidade; os textos são arquivados e assim como as imagens são sucumbidas por outras tantas que são produzidas diariamente por nós. Mas, como jornalista, que quis exercer a profissão já adolescente (depois de desistir do sonho da carreira militar), penso que o que não podemos deixar desgastar é o nosso papel perante a sociedade. Aquele que sonhamos ao entrar na faculdade e esquecemos quando começam as aulas maçantes de sociologia, filosofia, ética, estatística; e mais ainda quando conhecemos o mercado por dentro: o de buscar a verdade (nem sempre absoluta) e difundir a melhor informação.

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